Na última sexta-feira, a Procuradoria-Geral da República encaminhou ao STF um pedido para que o ex-presidente, Jair Bolsonaro, fosse incluído no inquérito que investiga os atos antidemocráticos.
Por decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, o pedido foi acatado. O inquérito busca identificar quem são os responsáveis intelectuais pelos atos. Isto é, quem foi responsável não simplesmente pelos atos físicos, mas pela organização.
No documento, assinado por integrantes do Ministério Público Federal, o ex-presidente é citado por publicações feitas nas redes sociais. No dia 10 de janeiro, por exemplo, Bolsonaro compartilhou vídeo que questionava o resultado das urnas.
A publicação foi excluída em seguida, mas ficou tempo suficiente nas redes sociais para atingir milhares de pessoas e ser replicada em diversos portais. Ao acatar a decisão, Moraes comentou sobre a relevância de investigar os fatos.
O documento ainda solicita que a Meta, empresa que responsável pelo Facebook, preserve a publicação de Bolsonaro a fim de que os dados sejam analisados no inquérito.
O ministro escreve que o comportamento do ex-presidente revela “o mesmo modus operandi de divulgação utilizado pela organização criminosa investigada em ambos os inquéritos anteriormente mencionadas”.
Bolsonaro segue nos Estados Unidos, enquanto a tensão e pressão internacionais aumentam. No Brasil, alguns parlamentares já pressionam por um pedido para ordem de extradição. No país, ele chegou a ser internado e afirmou, em entrevista à CNN Brasil, que anteciparia seu retorno ao Brasil por questões médicas.