O Rio de Janeiro vai permanecer em medida de isolamento até dia 31 de maio, segundo decreto do governador Wilson Witzel (PSC). Na contramão do que diz Bolsonaro, mas seguindo as recomendações do Ministério da Saúde, Witzel decidiu prorrogar por mais 20 dias as medidas de isolamento no estado. Vale lembrar que cada cidade tem seu próprio grau de autonomia.
A medida pode ser ainda mais rígida nos próximos dias, já que o governador convocou um estudo para avaliar os impactos de um eventual decreto de bloqueio total, o chamado “lockdown”. A exemplo do que foi feito na região metropolitana do Maranhão e, mais recentemente, na cidade fluminense de Niterói, esta medida impõe regras mais restritas e prevê a aplicação de multas em caso de descumprimento.
André Moura, secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro, foi categórico. “A saúde é o mais importante. Economia você recupera”, afirmou. Moura também afirmou que as medidas de isolamento podem ser mais rigorosas no estado, caso os números não atendam as expectativas, mas que por enquanto não é o momento de medidas ainda mais duras. O governo defende que as medidas já estão bastante rígidas e que agora é hora de intensificar as fiscalizações para garantir o cumprimento das medidas.
Os golpes na economia serão duros, como é previsto em várias análises, mas é reflexo da crise global. Em ICMS, por exemplo, o chamado Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços, serão perdidos algo em torno de R$10,6 bilhões de reais. Com royalties, o estado deve perder em torno de R$4 bilhões. A pastas da economia correm para fazer a contabilização daquilo que se perde e aquilo que se deixa de arrecadar.
O Rio de Janeiro segue sendo o segundo estado com maior número de casos, 15.741, ficando atrás apenas de São Paulo, que já superou 40 mil casos confirmados. O estado tem 1503 mortes confirmadas por covid-19. Vale lembrar ainda que existem casos que não são oficialmente contabilizados pelo problema de subnotificação.