A cidade do Rio de Janeiro constará, a partir do próximo fim de semana, com um reforço poderoso no combate ao novo coronavírus: o hospital de campanha do Maracanã estará funcionando com potencial máximo. Ao todo, o hospital tem potencial para 400 leitos que serão abertos gradualmente. Inicialmente, 170 leitos estão funcionando, dos quais 50 são destinados a terapia intensiva.
Foram precisos apenas 38 dias para abertura de 170 leitos, no entanto, o governo não divulgou os valores aplicados. A expectativa é que os demais 230 leitos sejam entregues até a próxima sexta-feira (15). O Rio de Janeiro tem ainda tem o hospital de Campanha do Parque dos Atletas, na Zona Oeste, e outro do Leblon, na Zona Sul. Em coletiva na abertura do hospital do Maracanã, o governador Wilson Witzel comemorou a abertura dos leitos.
Outra medida que vem sendo estudada é o uso de leitos da rede privada. Segundo estudo da Universidade Federal de Minas Gerais, a UFMG, cerca de 75% dos leitos de UTI do estado do Rio de Janeiro esta na rede privada de saúde. Por conta disso, o estado pede que redes privadas enviem planilhas de gastos com leitos de UTI para estudar a possibilidade de usar essas instalações.
O próximo passo para que os novos leitos de hospitais de campanha sejam de fato colocados em uso é a contratação de novos profissionais. O governo anunciou que publicará em breve um chamamento para profissionais de outras regiões que queiram atuar no Rio de Janeiro no combate a pandemia. Witzel também anunciou que pretende buscar apoio para trazer profissionais da saúde de outros países, como a China, que já enfrentaram e venceram a pandemia.
O Rio de Janeiro corre para que as medidas comecem a surtir resultado nos números. Ontem (8), o estado registrou, pela primeira vez, um número de mortes maior do que a vizinha São Paulo, que é considerada o epicentro da doença no país.