A Justiça autorizou o aborto no caso da menina de 10 anos que engravidou após ser abusada pelo tio, mas o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes não tem como realizar o procedimento, segundo informou ao portal UOL.
O hospital, que é vinculado à Universidade Federal do Espírito Santos, disse que não conta com um protocolo para realização do aborto, sendo que a menina já estaria na 22ª semana de gestação.
A princípio foi informado que ela estaria com 3 meses de gravidez, mas exames recentes mostraram que na verdade ela está é no 5º mês. Por esse motivo, a menina viajou acompanhada de uma assistente social e um familiar para outro estado, mas não foi informado para onde ela foi levada.
Uma nota foi divulgada informando apenas que a menina foi acolhida pelo Conselho Tutelar, em parceria com os órgãos de Justiça e os serviços de saúde e assistência, mas que o “processo corre em segredo de justiça”. A Universidade Federal do Espírito Santo também não quis comentar nada a respeito.
O juiz Antônio Moreira Fernandes foi quem autorizou a realização do aborto, atendendo a um pedido feito pelo MP-ES. No Brasil, o aborto é autorizado em três casos, sendo um deles quando a vítima engravida após ser estuprada.
O principal suspeito é o tio da criança, ele tem 33 anos e está foragido. A Polícia Civil do Espírito Santo já descobriu que a criança vinha sendo abusada há cerca de quatro anos.
O caso veio à tona quando ela foi levada a um hospital público na cidade de São Mateus e os médicos descobriram que a menina estava grávida, acionando as autoridades logo em seguida.