Polícia investiga morte em show da cantora Luísa Sonza no Rio Grande do Sul

Delegado do caso diz que a polícia está averiguando todos os detalhes da morte da mulher de 26 anos de idade

Uma morte ocorrida no sábado (16), durante show artístico de Luísa Sonza, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, está sendo investigada pela Polícia Civil.

O fato ocorreu com a veterinária Alice de Moraes, de apenas 27 anos de idade, que teria passado mal durante o show, momento em que buscou atendimento na ambulância que estava estacionada no “Pepsi On Stage”, porém ela acabou morrendo.

A investigação da causa da morte da mulher só pode ser feita depois de uma perícia, o que pode demorar 30 dias para conclusão. As pessoas envolvidas devem dar seus depoimentos nesta quarta (20).

O delegado Alexandre Vieira diz que quando chegaram o Samu e médicos, depois de 40 minutos a mulher morreu. “Tinha um histórico cardíaco. A informação que eu tenho é que ela só tinha ingerido uma cerveja, então tudo isso nós vamos apurar”, ressalta.

O show era realizado pela “Opinião Produtora”, que informou ter seguido todos os protocolos e exigências decretados a eventos de grande porte.

A Transul, responsável pela ambulância que estava prestando serviço emergencial durante o show, disse que a mulher teve todo atendimento e assistência necessária. A empresa ainda frisa que os protocolos foram todos seguidos, menos a remoção da moça, pois ela morreu durante deslocamento do Serviço Móvel de Urgência (Samu).

“Importante destacar que as empresas privadas necessitam de uma interação com a Samu para efetuar a remoção de qualquer paciente”, destaca a empresa em nota.

RELATOS DA AMIGA E IRMÃ

Amigos dizem que depois de pouco mais de 30 minutos de show, Alice disse estar mal e avisou à amiga Camila Rodrigues que ia ao banheiro.

Só que de acordo com Camila, a amiga mandou mensagem à 1h59, dizendo que estava na ambulância.

Camila disse que foi correndo até a ambulância e lá encontrou a amiga, que estava desacordada e sentada ao lado da ambulância, numa cadeira de cor branca, deitada. Disse que questionou a enfermeira, de como Alice teria chegado no local. “A enfermeira me relatou que ela própria, a enfermeira, tinha escrito a mensagem. Eu perguntei o que tinha acontecido, como que ela tinha chegado ali, e eles me falaram que tinham encontrado ela desacordada no banheiro”, disse.

Porém, Camila destaca negligência no atendimento médico. Diz que foi maltratada nas cerca de três horas que esteve ali com a amiga, implorando por socorro por Alice. Ela diz que perguntou qual procedimento eles tinham realizado: se tinha a medicado, dado água, mas que disseram que não podiam ajudar. E ainda a aconselharam a chamar um Uber.

Andreia Moraes, irmã da vítima que também estava com elas no show, é outra que reclama da forma do atendimento médico.

Disse que falaram para ela que não podiam medicar nem fazer nada, pois Alice era ex-bariátrica. E ainda pediram para elas saírem dali, pois já estavam permanecendo muito tempo no local. Que a irmã só precisaria ir embora para casa dormir.

E o pior, que quando ela percebeu a perda de sinais vitais da irmã, chamou novamente a equipe médica. Foi só aí que a levaram para dentro da ambulância, onde tentaram um procedimento mais eficiente.

Ela lamenta: disse que a irmã estava já com boca roxa, na verdade toda roxa, já sem nenhuma resposta. “Eles me tiraram de dentro da ambulância para começar as manobras de ressuscitação”, conta.

Ela diz que uma meia hora depois, vieram outras duas ambulâncias, sendo uma do Samu e outra da mesma empresa. Disse que a polícia também já tinha chego, mas a irmã já tinha morrido segundo ela.

O delegado comenta que é precoce demais para dizer ser negligência. Mas, informa que está buscando informações, como momento exato do ocorrido, tempo de demora para o atendimento, quantos veículos de atendimento médico foram disponibilizados e quantas pessoas estavam no show.

E frisa ainda que só depois de todos os trâmites legais, que vai indiciar ou não alguém como culpado pelo ocorrido.

Já a família da jovem morta e também os amigos, pedem que os fatos sejam esclarecidos o mais rápido possível.

Escrito por

Renan Bertoni Soares

Rnena Bertoni Soares, colunista de notícias policiais, curiosidades, famosos, culinária, política e variedades!