No final do mês de julho, o Major Seixas do exército brasileiro virou alvo de mensagens no Facebook e no WhatsApp. O motivo mencionado pelo Major é ser uma mulher trans hoje em dia, com nome de Renata Gracin. Ela ainda está efetiva na corporação.
Ela disse que acordou com as redes sociais cheias de mensagens, mas sabia que esse dia iria chegar e chegou. Renata está sendo exposta nos grupos de todo país, mas nada disso a abala, ela é uma lutadora pela causa LGBTQI+ e está defendendo seus direitos humanos.
A mulher trans faz parte do exército brasileiro, é Major e sua luta continua, conforme escreveu Gracin nas redes sociais.
Renata faz parte da Academia Militar das Agulhas Negras, formada no curso de infantaria. O sargento escreveu no Twitter que já havia assumido ser mulher trans há algum tempo e o comando do exército já sabia.
Mas as mensagens publicadas no WhatsApp são de indignação por ela não ter dado baixa na carteira. Atualmente, ainda não há oficiais femininos na infantaria, já que apenas em 2016 foi que surgiu a abertura, mas como precisa aguardar cinco anos para ser admitido, a formatura prevista da primeira turma feminina vai ser em 2021.
Renata publicou no Twitter que a transfobia é crime assim como racismo e se uma trans não pode fazer parte das Forças Armadas, tal ato corresponde ao mesmo que dizer que um negro não o pode. Ela afirmou que não irá se calar diante de preconceitos, pois não tem medo de tais ofensas e continuará lutando.