Juliana Zucculotto, que é mestre em educação e cultura, foi oficialmente afastada de suas atividades no Centro Universitário Faesa depois de ser denunciada por injúria racial. A professora fez comentários discriminatórios sobre tatuagens de uma aluna em sala de aula.
Em informações obtidas no boletim de ocorrência, e divulgadas pelo portal UOL, a professora teria dito: “eu jamais usaria tatuagem. Tatuagem em pele negra parece ficar encardida. Eu nunca vou ter tatuagem, pois tatuagem é coisa de escravo porque tem marcas e eu não sou escrava para ter marcas“.
A professora, de 61 anos, ainda teria afirmado que tatuagem é “coisa de presidiário”. As declarações foram feitas na presença de cerca de 20 alunos, que são considerados testemunhas. A aluna, identificada como Carolina Bittencourt, acionou a polícia militar e fez a denúncia.
Segundo relatos reportados pelo portal ES Hoje, a professora precisou ser escoltada para deixar o local, tamanha a mobilização que o caso gerou. Para a polícia, Zucculotto afirmou que seu comentário foi mal interpretado.
Ela chegou a ser detida, mas pagou fiança e vai responder em liberdade. Em nota, a Faesa afirmou que Zucculoto é alvo de um processo administrativo e que está afastada até que novas providências sejam tomadas.
A aluna, por sua vez, tem recebido apoio de coletivos e organizações antirracistas. Diante do caso, a professora terá que responder pelos comentários feitos. Para a vítima, a declaração foi de origem racista.