Nova bomba contra o presidente Jair Bolsonaro pode se tornar grande dor de cabeça ao governo. Em uma publicação recente da Agência Sportlight, dados do governo do presidente, enquanto ainda era deputado federal, chamam a atenção. Segundo o texto, Bolsonaro superfaturava verba de combustível na época em que era deputado.
A Agência, que se auto-identifica como agência de jornalismo investigativo, aponta inconsistências dos gastos do então deputado. Em uma passagem em posto da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, por exemplo, Bolsonaro teria gasto R$2.608,00 em gasolina, o que teria dado pouco mais de mil litros de gasolina, algo impossível para um carro comum. O valor, mais tarde, foi devolvido ao então deputado porque foi gasto na cota de combustível do Partido Progressista, ao qual Bolsonaro era filiado.
A Agência apresenta ainda notas fiscais que mostram que Bolsonaro, em mesmo dia que abastecia o carro no Rio de Janeiro, também comparecia em votação da câmara em Brasília. Em decorrência dos fatos, com assinatura do criminalista Sidney Duran Gonçalez, uma notícia-crime foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal. A matéria, no entanto, foi recusada por Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal, que encaminhou a notícia-crime a Procuradoria Geral da República.
Fux explicou, em sua decisão, que a petição precisa seguir os trâmites estabelecidos pela Constituição e, por isso, não pode ser acatada pelo STF antes de passar pela PGR. Apenas depois de análise da PGR, se constatado irregularidades de fato, a petição pode voltar a ser encaminhada ao STF, que neste momento pode ou não abrir inquérito para investigar os fatos.
SEGUNDA NOTÍCIA-CRIME PROTOCOLADA
Antes do caso da verba para combustível, representantes do PSOL na câmara encaminharam uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro solicitando busca e apreensão de provas no tema de investigação aberto pelas denúncias de Sérgio Moro. A matéria foi recebida pelo ministro Celso de Melo que seguiu a mesma ação de Fux, ou seja, encaminhou a petição a PGR. A petição esta sob análise de Augusto Aras,