Especialistas filiados a USP (Universidade de São Paulo) realizaram pesquisas que indicam que novas variantes da COVID-19 estão próximas de surgir e podem driblar a imunidade que seria causada pelas vacinas.
O trabalho é resultado de mais de 150 artigos que falam sobre a sars-cov-2, tendo analisado os mais diversos aspectos, como a probabilidade de se surgir mutações, qual seria a capacidade do sistema imunológico, o quanto é transmissível e o resultado que as vacinas têm apresentado ao decorrer do tempo.
“A tendência é que as pessoas comecem a se infectar novamente e aí ficaremos sujeitos ao surgimento de variantes ainda mais contagiosas e fortes do que as que conhecemos, o que diminui a eficácia das vacinas”, disse Cristiane Guzzo, uma das pesquisadoras.
O estudo tem mostrado que o Coronavírus é ainda mais mutável do que aquilo que se imaginava inicialmente. Além disso, mostrou que algumas proteínas da COVID-19 estão se modificando, apresentando uma taxa de multiplicação maior nas células humanas.
Diante disso, as vacinas iriam apresentando uma menor eficácia, pois o vírus está aprendendo a ‘driblar’ os seus maiores recursos de defesa.
A especialista ainda destaca que existe um medo da COVID-19 evoluir e passar a atacar outras células, como as células neurológicas.
Conforme surgiram as variantes, ainda se foi notado que a transmissibilidade aumentou muito, com uma pessoa chegando a infectar outras dez.
Além disso, as vacinas podem conter o surgimento de casos mais graves. Porém, elas não impedem que novas mutações surjam.