No último dia 28 de maio, uma menina de 4 anos faleceu com suspeita de raiva humana, transmitida por morcegos.
A criança estava internada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, localizado em Belo Horizonte, ela era moradora da tribo indígena Maxakali, que fica entre os municípios de Águas Formosas e Bertópolis, no Vale do Mucuri, interior de Minas Gerais.
A Secretária de Estado de Saúde de Minas Gerais, confirmou que caso os exames laboratoriais que foram realizados constarem que a morte da criança foi causada pela raiva humana, será o quarto falecimento por esta causa no estado mineiro no ano de 2022.
A menina foi transferida para Belo Horizonte em estado grave com um quadro de infecção cerebral.
As outras vítimas morreram no último mês de abril e tinham e12 e 5 anos, todas são moradoras da região do Vale do Mucuri. O médico infectologista e mestre da Faculdade de Medicina da UFMG, Geraldo Cury, afirmou que a repetição de casos na mesma região pode ser por causa dos hábitos culturais das tribos indígenas onde as crianças costumam brincar com morcegos.
“Trabalhar com uma questão cultural é mais difícil, então precisa-se pensar na vacinação em massa para essas crianças e toda a população. Depois que adquire o vírus a mortalidade é elevadíssima”, afirma Geraldo Cury.
Ainda segundo o infectologista, a raiva atinge principalmente o sistema nervoso central o que a torna extremamente letal.
O médico também alerta que qualquer incidente com mamíferos silvestres ou domésticos, em especial morcegos, cães e gatos.