Um idoso de 71 anos, que acertou os números de um concurso da Mega-Sena realizado em 2018, faturando a bolada de 10 milhões de reais, alega ter perdido todo o montante ao ser vítima de um golpe financeiro. Os crimes teriam ocorrido na cidade de Viamão, localizada no Estado do Rio Grande do Sul. Conforme os relatos de Fredolino José Ferreira, um ex-sócio foi o responsável pelos golpes.
A dupla era a responsável pela administração de uma agência funerária, adquirida por Fredolino com investimentos feitos com o dinheiro auferido do prêmio da loteria. Todavia, após os constantes golpes que sofreu, restaram poucos centavos dos 10 milhões de reais recebidos junto à Caixa Econômica Federal (CEF).
O caso foi levado ao conhecimento da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul, que segue investigando o caso. As suspeitas são de que Fredolino tenha sido excluído da sociedade por meio de contratos falsificados. Além disso, há outros três suspeitos pelo golpe, além do ex-sócio, sendo que um deles, nos últimos quatro anos, adquiriu um sítio e 10 veículos, sendo patrimônio supostamente oriundo do prêmio milionário retirado mediante fraude do vencedor da loteria.
“A partir da aquisição dessa funerária, começaram os golpes e os furtos praticados contra a vítima. Imediatamente, logo depois da compra, com a justificativa de pagar funcionários, [o suspeito] pediu o cartão bancário da vítima e, a partir dali, não devolveu mais: começou a fazer sucessivos saques”, afirmou o delegado Juliano Ferreira, responsável pelo acompanhamento do caso, em entrevista concedida ao portal de notícias G1.
As autoridades policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em residências dos suspeitos e na própria agência funerária, além de prenderem um dos envolvidos pelo crime de posse ilegal de arma de fogo. Fredolino, a seu turno, segue em busca da recuperação de seu dinheiro junto à Justiça. Com saudosa memória, o idoso se recorda do dia em que conseguiu juntar R$ 13 graças às latinhas catadas na rua, apostando R$ 7 em dois jogos, os quais lhe renderam a bolada de R$ 10.251.126,97.
“Meu erro foi acreditar em quem não deveria. Não tinha possibilidade de eu ter dado a confiança que eu dei pra ele. Fui enganado totalmente”, declarou a vítima, também em entrevista concedida para o G1.