Internautas tem repercutido vídeos que mostram confrontos entre policiais da Guarda Civil Militar, em Feira de Santana, e professores. A categoria entrou em greve e reivindica melhores condições de trabalho, mas acusa o atual governo, prefeito Colbert Martins (MDB), de mandar que a GCM reprima o movimento de forma violenta.
O vídeo que mais tem repercutido, e gerado revolta, mostra um grupo de GCMs batendo, com o uso de cassetetes, em uma pessoa. O homem, que não teve a identidade revelada, é assessor do vereador Jhonatas Monteiro (PSOL).
GUARDA MUNICIPAL AGRIDE BRUTALMENTE MILITANTE DO PSOL! O COMPANHEIRO ESTÁ FERIDO, SANGRANDO E FOI LEVADO PELA GUARDA! Colbert criminoso! Todas, todos e todes que puderem devem ir para a prefeitura imediatamente! Precisamos garantir a integridade física e a VIDA dos manifestantes! pic.twitter.com/RdBo6sBTTS
— Jhonatas Monteiro (@jhonataspsol) April 1, 2022
Segundo informações do vereador, o assessor foi levado pela guarda depois das agressões. Ainda segundo Monteiro, o assessor estava ferido e sangrando. Segundo informações, em outro momento, uma professora precisou de socorro do SAMU após receber um jato de gás de pimenta.
Todo repúdio ao prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, que colocou a Guarda municipal para reprimir professores/as da rede básica que ocuparam a prefeitura para apresentar pauta de negociação sobre a educação no município, que vive em uma grande crise. pic.twitter.com/l0a4VH5nMs
— Ana Karen (@anakaren_pcb) March 31, 2022
Procurada, a Guarda Civil emitiu nota defendendo a ação dos agentes e alegando que os mesmos estavam em menor número e teriam sido agredidos. Segundo a nota, o “equipamento de menor potencial ofensivo foi utilizado de forma correta”. A nota ainda repudia toda forma de violência.
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Pelas redes sociais, antes dos vídeos circularem, Colbert se manifestou e defendeu que a prefeitura tem procurado diálogo com a categoria. O prefeito ressaltou que Feira de Santana paga o piso salarial aos professores e reforçou o compromisso com a categoria.
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Após a circulação dos vídeos, Colbert voltou as redes sociais e criticou os professores por terem ocupado a prefeitura, chamou o ato de “político partidário” e ressaltou que a Justiça ordenou a desocupação do prédio.