Um caso de racismo foi registrado pela Polícia Civil da cidade de Goiânia, capital de Goiás, após um pedido de comida feito por aplicativo de delivery. O cliente, ao entrar em contato com a confeitaria, exigiu que o ato da entrega fosse realizado por meio de um entregador com a pele branca, afirmando não gostar de pessoas que fossem negras ou pardas.
A observação consta no recibo do pedido e causou grande incômodo e constrangimento na empresária proprietária do estabelecimento comercial. O caso foi registrado junto às autoridades públicas e passará por investigação, a fim de que a pessoa responsável pelo ato de racismo possa ser devidamente identificada e punida.
A plataforma, por sua vez, se pronunciou por meio de uma nota. Segundo ela, todo e qualquer ato de discriminação é repudiado pela empresa, a qual dará início a um rigoroso processo de investigação interna a fim de que o cliente possa ser identificado e responsabilizado. Além disso, o cadastro desta pessoa já foi desfeito no aplicativo, estando banida para sempre.
De acordo com a empresária, o motoboy responsável pela entrega disse ter sido recebido por duas mulheres. Segundo o entregador, ambas negaram que tenham sido as autoras da mensagem. Uma insinuou que pudesse ser o marido, ao passo que, na sequência, mudou a versão, sem apresentarem uma justificativa plausível a respeito do que teria acontecido.
Embora não tenham ocorrido denúncias, tratando-se de ação pública incondicionada, a Polícia Civil foi obrigada a investigar o caso, o qual segue em apuração, conforme especificado pelo delegado Joaquim Adorno, que cuida do caso.