Condenado em última instância, pela Justiça italiana, pelo crime de estupro coletivo contra vulnerável, Robinho vive uma vida relativamente tranquila no Brasil. Até agora, as chances de prisão para o jogador eram remotas.
O Brasil não possui acordo de extradição com a Itália, o que significa que o país não vai enviar Robinho de volta para o país. Existia ainda a chance de Robinho cumprir pena no Brasil, mas essa era uma possibilidade bastante remota.
Tudo pode ter mudado após uma decisão do Ministério da Justiça, que pode influenciar o processo que envolve o atleta. O Itamaraty negou a extradição do coronel uruguaio-brasileiro Pedro Antonio Mato Narbondo, também condenado em última instância pela Justiça italiana, mas sinalizou a possibilidade de que a detenção seja cumprida em solo brasileiro.
Narbondo é filho de mãe brasileira e, em 2003, optou pela nacionalidade brasileira. Com isso, o Brasil fica impossibilitado de extradita-lo porque isso iria contra a Constituição. No entanto, a Lei de Migração (lei 13.445/2017), pode ser uma brecha possível.
Neste caso, o mesmo que esta acontecendo agora com Narbondo pode vir a acontecer com Robinho. As chances do atleta ser enviado à Itália são inexistentes, pela Constituição brasileira, mas o processo de Narbondo pode abrir uma brecha, um precedente, para a prisão de Robinho em solo brasileiro.
Robinho esta no Brasil há anos e deixou a Itália pelo medo de ser preso, já que já havia sido condenado em primeira instância.