A cabelereira Karla Santos procura soluções junto a secretaria de educação do município de Rio Largo, no Alagoas, depois de um ato de violência contra sua filha, de apenas 8 anos de idade, ter acontecido dentro de um ônibus escolar da cidade.
A menina, segundo informações, estava dormindo no ônibus quando um menino, de 6 anos de idade, teria se aproximado e cortado uma mecha do seu cabelo. Segundo a mãe da criança, outros estudantes viram a cena e não chamaram nenhum responsável.
As meninas não fizeram nada, mas também não chamaram ninguém para evitar. Não pode ser assim. Elas foram coniventes. Esses valores são os pais que precisam mostrar. Eu mostro isso com os meus e espero que os outros pais façam o mesmo com os seus.
Karla revela que a filha tem tido medo de voltar a escola e sofrer novas agressões. A menina tem perdido aula porque não se sente segura o suficiente para voltar ao ônibus. A família é grande, Karla e o marido tem outros 7 filhos, e a mãe revela que não considera a possibilidade de trocar a menina de unidade escolar.
Para Karla, a solução precisa partir da escola para que sua filha, e nenhuma outra criança, volte a ser vítima de um ato como este. A mãe enxerga falhas na forma como a escola agiu, mas também na maneira como os outros alunos reagiram.
Ainda segundo a mãe da menina, o menino apontado como autor da ação já teve problemas com outros alunos. A família não pretende abrir processo contra a escola e nem vê racismo na ação.