Dentre as lanchas que foram atingidas pelo paredão rochoso em Capitólio estava uma família de Jaú, São Paulo, que estavam fazendo turismo no Lago de Furnas. A tragédia vitimou um total de 10 pessoas que estavam em um das lanchas atingidas.
Michel Leite Neves, de 31 anos de idade contou que percebeu que pedaços de rocha estavam se desprendendo do paredão e perguntou ao condutor da lancha se aquilo era normal. Ao G1, Michel ainda afirmou que eles não ouviram as pessoas das outras lanchas gritando para eles se afastarem.
O barulho da cachoeira próxima era alto demais e por isso eles não ouviram os alertas. Michel ainda afirmou que a resposta que obteve do piloto da lancha era que a queda de rochas era algo comum.
Quando pedras maiores começaram a cair, o piloto começou a se afastar do local. Segundo Michel, foi neste momento que o imenso paredão se desprendeu e começou a tombar. Em meio aos diversos pedaços de pedras o piloto acelerou e saiu o mais rápido possível.
Por sorte a lancha em que estavam era menor, e por isso era mais rápida. Mas em meio ao desespero para sair do local, eles acabaram batendo e outras lanchas e com os pedaços de pedra que voaram para todos os lados todos acabaram ficando levemente feridos.
A sogra de Michel é quem se feriu com mais gravidade. Ela já passou por uma cirurgia e ainda deverá ser submetida a uma segunda.
“Foi assustador. Na hora, a gente imagina que está morrendo. Não tem como descrever o sentimento, foi a pior sensação da minha vida. Estamos bem abalados, chocados. É um trauma inexplicável”, relata.