Quem está inserido há mais tempo no mercado financeiro já é acostumado com os termos Small e Large Caps. Hoje vamos focar em entender melhor as Small Caps. Antes de mais nada, você sabe o que são e como funcionam?
Small Caps é um termo em inglês usado para se referir as empresas de pequeno porte da Bolsa de Valores, àquelas que possuem valor de mercado inferior em comparação com as grandes companhias (large caps), tanto é que não aparecem no índice Ibovespa. Mas não se deixe enganar, as ações dessas “pequenas” também podem oferecer uma grande chance de crescimento com lucros altos da noite para o dia, entretanto, com seus devidos riscos. Por isso, geralmente são recomendadas para o acionista que deseja comprar pensando no longo prazo, sem risco de precisar do dinheiro antes da margem de 3 a 5 anos, até em razão de sua baixa volatilidade.
E como identificar quais empresas se enquadram nessa categoria? As definições podem ter algumas alterações de um mercado a outro, mas de modo geral seguem os parâmetros abaixo:
- Para ser considerada uma Small Cap, é preciso que a companhia possua valor de mercado entre R$300 milhões e R$2 bilhões (levando em consideração que esses números podem variar de acordo com o dólar). Para lembrar: o valor de mercado corresponde ao preço de cada ação multiplicado pela quantidade de papéis emitida.
- As ações de empresas Small Caps precisam ter valor mínimo de R$1,00.
- Não podem estar em recuperação judicial.
- Não podem estar na Ibovespa, pois são acompanhadas através do SMLL – Índice Small Cap, criado há 15 anos.
E quais são as vantagens desse tipo de ação?
- As Small Caps possuem um grande potencial de CRESCIMENTO, pois costumam ser empresas novas e/ou não consolidadas no mercado e também podem ser compradas por seus concorrentes, fazendo seus preços subirem. A Magazine Luiza é um exemplo de ex-small cap que apresentou grande crescimento nos últimos anos (cerca de 18.000% entre os anos de 2016-2019), gerando um bom retorno aos seus acionistas, e hoje se enquadra como uma large cap, já na B3, bem como outras que passaram pelo mesmo caminho.
- Ações negociadas a partir de preços menores que as de grandes empresas da Bolsa, como Itaú.
E as desvantagens?
- Elas possuem baixa liquidez, ou seja, no geral não são vendidas tão fácil e/ou rapidamente. Possuem em média um volume de negócios e capitalização inferior, de R$3-5 milhões negociados diariamente no SMLL .
- Apresentam maior volatilidade e riscos.
Agora, como escolher uma boa ação Small Cap?
- É necessário, primeiramente, levar em consideração o seu perfil de investidor bem como quais são as suas estratégias.
- É muito importante pesquisar o contexto atual da empresa, seu desempenho e saber quão boa é sua comunicação com o acionista e sua prestação de análises, resultados.
- Analisar o setor em que ela está inserida, se há perspectiva de crescimento atual e como anda a gestão interna da empresa (pesar se há dividas, qual o patrimônio atual da mesma e sua geração de caixa)
Então, depois de saber um pouquinho mais sobre esse tipo de ação, para você evitar prejuízos também é necessário ter em mente o momento certo de quando vender a sua small cap. Isso se dá quando normalmente quando vaza alguma notícia negativa sobre a empresa ou quando seu preço de ação atinge um patamar justo. Além disso, caso você ainda não esteja totalmente seguro para analisar, comprar e acompanhar essas ações também é possível realizar esse processo com a ajuda de profissionais da área e corretoras que deem maior suporte as suas necessidades; por fim, ETFs também podem servir como soluções, já que são fundos de investimentos negociados na Bolsa como ações.