As pessoas têm perdido parentes para a covid-19 todos os dias. Cada um possui sua história triste, uma vez que são marcados por uma perda brusca devido a essa nova doença.
Maicon Dias relatou que em poucos dias de diferença perdeu o avô, o tio e uma tia, quase em sequência, todos por causa do coronavírus. O rapaz é de Betim, região metropolitana da grande BH.
Maicon contou que o seu avô tinha muita saúde, que há poucos dias antes todos estavam atrás dele, brigando para ele poder descer de uma árvore. O neto conta que o avô não se importava muito em se cuidar, parecia um adolescente.
Os tios, Álvaro e Marlene, que ainda não tinham 60 anos, cuidavam de uma igreja evangélica. Eram pessoas que sempre estavam unidos cultuando à Deus, pessoas de fé, que faziam com frequência trabalhos de cuidados sociais com as pessoas. Segundo o jovem, eles levavam alimentos, cuidavam das pessoas necessitadas.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde relatam que Minas Gerais já ultrapassou os 1.000 casos de morte pela covid-19. Em 24 horas, já foram registrados 42 óbitos. Os casos confirmados chegaram a quase 48 mil, sendo que mais de 12.500 registros foram do dia 30 para o dia 1º.
Em 30 de junho, a secretaria contabilizou mais de 45 mil casos confirmados da doença e destes 965 faleceram, sendo100 na capital mineira. Segundo a planilha da Secretaria Estadual de Saúde, Belo Horizonte e Contagem estão liderando os números de casos da Covid-19, e muitos outros municípios registram casos confirmados e mortes pela doença.
No mês de maio e junho, muitas cidades tentaram flexibilizar o isolamento abrindo alguns comércios, mas logo tiveram que fechar novamente, pois o número de contaminados cresceu, obrigando todos a voltarem atrás.
Para os especialistas, a contaminação em Minas Gerais deve subir até o dia 15 de julho e então iniciar a curva para a descida. Por isso muitos governantes estão prevendo a abertura do comércio em Minas a partir do dia 15 de julho.