Estados e municípios foram surpreendidos pela mudança de postura do Ministério da Saúde nesta semana. A pasta voltou atrás na recomendação de vacina em adolescentes e orientou que apenas adolescentes com comorbidades fossem vacinados.
A Anvisa, por sua vez, não mudou de posicionamento. Em novo comunicado, a Agência reforçou a segurança das vacinas em adolescentes, com idades entre 12 e 17 anos. “Os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos”, afirma a nota.
A agência também confirmou que investiga a morte de uma adolescente, de 16 anos, que havia recebido a vacina. No entanto, a Anvisa também afirma que é cedo para relacionar a morte à vacina e que esta possibilidade está sendo investigada.
A decisão do Ministério da Saúde foi criticada não apenas pela Anvisa, mas também por outras instituições, incluindo os Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
A vacinação de adolescentes havia começado a poucas semanas e já avançava em cidades de todo o Brasil. Muitos adolescentes já tomaram a vacina de forma segura. Apenas uma morte foi registrada, mas não existem evidências de que tenha sido de fato causada pela vacinação.
Segundo a Anvisa, a vacinação em adolescentes representa um avanço no plano de vacinação e um avanço do país em direção ao controle e superação da pandemia. A decisão do Ministério da Saúde adia muitos dos prazos, nesse sentido.