A morte do ator Tarcísio Meira deixou o país em profunda consternação. Ele foi, e sempre será, uma lenda da dramaturgia brasileira e um marco geracional. No entanto, outro fato também deu muito o que falar, especialmente nas redes sociais.
Tarcísio e sua esposa, a também atriz Glória Menezes, já haviam sido integralmente imunizados contra a covid-19 quando contraíram a doença. A grande pergunta, após a triste morte do ator, foi a seguinte: afinal, as vacinas são mesmo eficazes?
Muitas pessoas se aproveitam da tragédia para disseminar informações falsas sobre as vacinas, mas a verdade é que a vacinação se prova ainda mais necessária. Inclusive, a morte de pessoas vacinadas é uma prova ainda maior da necessidade de uma cobertura maior de imunização.
Fato é que nenhuma vacina é 100% eficaz, nem CoronaVac, nem Janssen, nem AstraZeneca, nem Pfizer. Ainda assim, o avanço da aplicação de todas elas tem reduzido drasticamente o número de mortes. Os números mostram e a ciência explica.
Segundo os dados, apenas 3,7% das pessoas integralmente vacinadas (ou seja, com duas doses ou dose única) morreram da doença. Se avaliados apenas pacientes com mais de 70 anos, o número sobe para 8,8%.
Recentemente, nos Estados Unidos, uma notícia apontou que apenas 1% do total de mortos representava pacientes imunizados integralmente. O número é uma demonstração de que, embora nenhuma vacina seja 100% eficaz, elas salvam vidas.
Cientistas explicam que a porcentagem de eficácia das vacinas, que obrigatoriamente precisam ser superiores a 50%, pode ser reforçado de uma forma simples: o avanço da vacinação. A tão falada “imunidade de rebanho” é alcançada quando mais de 70% da população estiver integralmente vacinada, o que reduz a circulação do vírus e aumenta a proteção também para grupos mais vulneráveis, como idosos e pessoas com comorbidades.