Um policial militar foi acusado de matar, sem motivo, um cão na rua de Belo Horizonte. O animal, um vira-lata chamado Yankee, havia conseguido fugir da guia do proprietário quando se aproximou do militar, que estava passeando com sua cadela de estimação.
O militar afirma que Yankee avançou de forma ameaçadora contra ele e sua cadela, alega ainda que tentou gritar com o animal para afugenta-lo, mas sem sucesso. Segundo o militar, foi neste contexto que ele disparou duas vezes contra o animal.
O dono de Yankee, por sua vez, nega a versão do policial. Alberto Luiz Andrade Simão, 55 anos, afirma que havia deixado o cão amarrado na entrada de um estabelecimento e que correu atrás dele ao perceber que Yankee havia conseguido se soltar.
“Os dois cachorros se estranharam, rosnaram um para o outro. Eu estava a uns 40 metros de distância quando o rapaz sacou a arma e deu um tiro no meu cachorro. Ele caiu no chão, e o rapaz ainda deu outro tiro“, relata.
Alberto ainda afirma que confrontou o “rapaz”, quando ouviu insultos e uma ameaça. “Ele me chamou de irresponsável, disse que ia chamar a viatura e que eu tinha sorte de ele não dar um tiro na minha cara” afirma.
O caso gerou comoção e muitas pessoas começaram a hostilizar o PM, que só então se identificou como policial militar. A polícia foi chamada e ambos os homens foram conduzidos à delegacia.
Alberto critica a ação do PM e ressalta que é normal cachorros se estranharem. Segundo o analista de sistemas, ele já estava próximo e poderia conter seu animal. Alberto afirma ainda que o policial disparou pela segunda vez quando Yankee já estava caido no chão.
Em seu desabafo, Alberto ainda ressalta que tinha o cachorro desde os 3 meses de vida, Yankee foi morto com 11 anos.