Para a legislação brasileira, e de basicamente todo e qualquer país democrático, o sistema carcerário precisa funcionar em uma lógica de ressocialização e reinserção na sociedade. No entanto, nem sempre esse objetivo é possível.
Guido Palomba, que tem extensa experiência como psiquiatra forense, conversou com o UOL e deu sua análise sobre o caso. Para o profissional, Lázaro não tem mais condições de ser corrigido. “É um indivíduo de altíssima periculosidade que se estiver solto em sociedade vai delinquir”, avalia Palomba.
O psiquiatra destaca que não é um caso de falta de inteligência, muito pelo contrário. O problema, segundo a análise, é que essa é a configuração mental do suspeito. Palomba destaca ainda que não se pode afirmar ainda que Lázaro é um serial killer, essa é uma definição que depende da análise dos fatos.
“Se analisarmos esse indivíduo daqui pra frente e, se tiver um padrão de comportamento nesses crimes que ele já praticou, então se pode falar em serial killer“, elucida o profissional.
Palomba acredita ainda que existem apenas dois desfechos para a situação: ele Lázaro parte para o “tudo ou nada porque para ele a vida tanto faz”, ou tenta se entregar e passar uma ideia de arrependido, apenas para tentar fugir da prisão e voltar a praticar crimes.
Para o psiquiatra, dado o comportamento e a postura do suspeito, não existem formas dele chegar a um momento em que possa ser reinserido na sociedade.