Um jovem músico, de apenas 22 anos, decidiu procurar a polícia depois de passar por uma situação de discriminação racial. O rapaz, cujo o cabelo é encaracolado e volumoso, alega ter sido impedido de cantar na igreja por causa do penteado.
Pedro Henrique Santos alega que foi convidado para cantar na Igreja, mas chegando lá descobriu que não poderia. O caso aconteceu na Igreja Adventista do Sétimo Dia do Solar Ville, Pedro alega que a decisão partiu da maior autoridade na Igreja, que detém o título de ancião.
Pedro estava acompanhado de outros três membros da banda e alega que a situação gerou profundo constrangimento. Os demais membros, junto com o pastor da Igreja, tentaram intervir na decisão do ancião, mas sem sucesso. Diante da situação, todos decidiram não cantar no local.
Maura Campos, advogada e presidente da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), explica que a atitude da autoridade religiosa em questão fere não apenas a Constituição, mas também o cristianismo.
Campos explica ainda que o racismo não se manifesta apenas pela discriminação ao tom de pele, mas todas as características tipicamente negras, como o cabelo crespo e volumoso.
A Igreja Adventista enviou nota ao site Mais Goiás e afirmou ser contra todo tipo de discriminação, alegando ainda que abriria uma apuração interna para investigar um “possível desentendimento entre seus membros no último sábado”.