Apesar de se tratar de uma reação involuntária do corpo humano, surgida a partir do cansaço ou do tédio, o bocejo está presente desde os estágios mais iniciais da vida humana. Ainda no útero, um feto já apresenta essa reação, que se relaciona com o desenvolvimento cerebral durante essa fase da vida.
Porém, o bocejo pode ser associado a outros fatores e nem sempre ocorre de maneira involuntária. Ele também pode ser “contagioso” e motivado por ver outra pessoa realizando o mesmo ato. Esse padrão chega a se repetir também nos animais, como os chimpanzés.
Muitas pessoas, entretanto, não sabem como o “bocejo contagioso” pode acontecer e tampouco o que a falta do bocejo pode acarretar no corpo humano. Ambos os pontos serão abordados abaixo.
O que motiva o “bocejo contagioso”?
Ainda que não exista uma maneira específica de justificar a ocorrência desse tipo de bocejo, existem estudos que indicam uma possível relação entre tal fenômeno e a capacidade de empatia observada em cada ser humano. Ou seja, você boceja depois de ver alguém fazer o mesmo por solidariedade.
Portanto, ao ver alguém bocejando, o cérebro humano registra a ação e acaba por se imaginar no lugar da pessoa, o que faz com que o bocejo se perpetue, ainda que a outra parte da história não esteja experienciando cansaço ou tédio. Tal mecanismo também surge quando alguém esbarra com força em alguma coisa, provocando uma contração involuntária devido à capacidade de imaginar a dor sentida pelo outro.
Existe ainda um segundo estudo que afirma que o “bocejo contagioso” pode ser mais comum entre pessoas de uma mesma família e um mesmo grupo de amigos, visto que está associado à capacidade de empatia, que seria maior com essas pessoas.
Não bocejar faz mal?
Algumas pessoas não compartilham dessa reação de “bocejo contagioso”, ainda que o reflexo seja involuntário. Tais pessoas normalmente apresentam algum tipo de alteração psicológica, como a esquizofrenia e o autismo.
Não bocejar pode ser indício dessas duas doenças vistos que tais pessoas apresentam dificuldades de interagir socialmente e também não conseguem se comunicar com os demais de maneira eficiente. Devido a isso, a sua capacidade de empatia acaba sendo reduzida e, consequentemente, isso afeta a questão do bocejo.