A morte do policial militar aposentado Ademir Marques Pestana, de 56 anos, esta sendo investigada. A esposa dele, que não teve a identidade revelada, já admitiu que foi autora dos disparos. A mulher, no entanto, alega que agiu em legítima defesa.
O advogado de defesa da mulher, Ronaldo Evangelista, afirma que ela agiu em legítima defesa e cita boletins de ocorrência registrados por ela contra Ademir. Ela denunciou, mais de uma ocasião, que era vítima de violência doméstica, mas permaneceu no relacionamento.
Para a polícia, a mulher afirma que permaneceu no relacionamento por acreditar que Ademir podia mudar. Logo após disparar contra o marido, a mulher chegou a ligar para a emergência mas fugiu do local. A mulher se apresentou a delegacia pouco depois.
A filha do casal também foi ouvida pela polícia. Ela conta que saiu de casa por cerca de 10 minutos, quando foi a padaria, e deixou os pais brigando em casa. Quando voltou, a jovem afirma que a mãe estava no quarto em aparente desespero, apontando para o corpo de Ademir no chão. A filha afirma que a mãe afirmava que “não queria ter feito aquilo”.
“Eu só pensei em me defender. Foi o instinto de salvar a minha vida. Me doeu. Ele era o pai das minhas filhas, vivi muitos anos com ele. Foram dias muito difíceis para mim“, narra a mulher. A investigada afirma que antes já havia sido ameaçada pelo marido com faca e martelo, mas que aquela foi a primeira vez com uma arma de fogo.
“Eu sabia que se ele pegasse a arma, era eu quem morreria. Eu só pensava em segurar a arma para ninguém se machucar“, afirmou. A mulher chegou a ser presa, mas foi liberada e vai responder o processo em liberdade.
A mulher também afirmou ter se surpreendido ao descobrir que já havia denunciado o ex-marido por 8 vezes. Ela afirma que nunca havia “acordado” para o risco que realmente corria em casa, mesmo já tendo sido agredida outras várias vezes. Ela afirma que tomou a arma da mão do marido para se defender e diz ainda que nao percebeu o momento do primeiro disparo.