Enquanto o governo corre contra o tempo para firmar parcerias internacionais de compra de matéria-prima e doses de vacinas contra a covid-19, Universidades nacionais continuam na corrida para desenvolver imunizantes inteiramente brasileiros.
Esse é o caso da Universidade Federal de Minas Gerais, que vem desenvolvendo vacinas inteiramente nacionais desde o começo da pandemia. Um dos projetos vai começar agora o teste em humanos e tem previsão de estar disponível dentro de um ano para vacinação em massa.
A notícia é excelente. As vacinas internacionais que já estão disponíveis sofrem com a grande concorrência global, já que existe pouca oferta para muita demanda. Sendo assim, dentro de um ano, é seguro afirmar que ainda estaremos longe da vacinação total de brasileiros.
Além disso, pensando na quantidade de jovens que atingirão a maioridade, se tornando assim elegíveis para receber a vacina, além dos novos nascimentos, é seguro afirmar também que a vacina passará a se tornar parte do cotidiano.
Não obstante, uma vacina nacional também ajudaria a desafogar a busca por vacina de países vizinhos e aliados politicamente, que também sofrem com a alta concorrência por vacinas internacionais, como a Coronavac, a Covishield e a vacina Pfizer.
Um outro ponto que torna essa vacina da UFMG uma grande esperança é que todo o material para a produção dela é brasileiro, inclusive o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), o que dispensa a necessidade de negociação com outros países e, consequentemente, agiliza a produção das doses.