O cantor Belo, de 46 anos, foi preso nesta última quarta-feira (17), após ter realizado um show com centenas de pessoas aglomeradas em uma escola pública estadual no Complexo da Maré, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro.
O show começou na noite da última sexta-feira (12) e terminou na manhã de sábado (13), em plena pandemia da Covid-19.
A Operação ‘É o que eu Mereço’, foi desencadeada pela Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) da Polícia Civil carioca.
Não foi apenas o cantor que foi preso, Célio Caetano e Joaquim Henrique Marques Oliveira, responsáveis pela empresa que organizou o show, também estão detidos.
Vale ressaltar que a Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro não autorizou o uso da instituição de ensino para que o show fosse realizado.
De acordo com a Polícia Civil, a invasão da escola que fica localizada em uma das comunidades mais violentas do Rio de Janeiro, onde atua uma das maiores facções criminosas, provavelmente foi autorizada pelo chefe do tráfico local.
Na madrugada desta quinta-feira (18), por volta das 1h20, o desembargador Milton Fernandes de Souza acatou o pedido de habeas corpus solicitado pela defesa do cantor Belo.
Segundo o desembargador, não há uma urgência para manter o cantor Belo em prisão preventiva, por isso concedeu o habeas corpus.
A defesa de Belo considerou a prisão arbitrária e revelou que o cantor foi contratado pela produtora, teve um documento assinado de acordo com as normas de prestação de serviço e cumpriu sua parte. Ao cantor não deve ser imputado a falta de segurança sanitária por causa da pandemia da Covid-19, afirmou a defesa.