Considerados por muitos os invisíveis das cidades, marginalizados da sociedade, que vivem da esmola e graças às instituições de caridade que se preocupam em atender às suas necessidades essenciais.
Mas por trás de cada morador de rua, existe uma história, às vezes incrível, como a de Umberto Quintino Diaco, de 75 anos, encontrado morto de exaustão e frio na última quinta-feira, 28 de janeiro, próximo à estação Porta Garibaldi, em Milão, onde vivia em uma cama improvisada construída com papelão e lençóis.
Umberto, que viveu como um sem-teto em Milão, não era pobre. Nas investigações efetuadas na sequência da sua morte constatou-se que o homem, nascido nas encostas do Sila, em Paludi, tinha fugido de casa aos 17 anos e acumulou mais de 100 mil euros nas suas contas bancárias.
Ele também tinha uma casa na Calábria e duas vans, com seguro em ordem. E entre os seus recursos financeiros contava com uma pensão alemã de 750 euros mensais e com ações no valor de 19 mil euros.
Umberto não exibia de forma alguma toda essa riqueza. O homem poderia viver no conforto de um lar, mas em vez disso vivia na rua.
Ele recebia suas correspondências através de uma caixa postal de Milão. Por conta justamente destes documentos, as autoridades conseguiram investigar sua vida.
O homem sempre recusou a ajuda dos serviços sociais do Município e negou a sua família: “Procuramos, ele nunca quis ser encontrado”, disse Corsera, sua irmã.