O cantor Wesley Safadão, a esposa dele, Thyane Dantas, e outras seis pessoas, foram indiciadas por vacinação irregular. O caso se tornou público quando o cantor divulgou imagens do momento em que foi vacinado, assim como também fez a esposa.
No entanto, seguidores chamaram a atenção para possíveis irregularidades e a repercussão do caso levou a abertura de inquérito pela polícia. Cerca de 19 pessoas foram ouvidas, levando a polícia a concluir que a vacinação foi irregular, mas descartando a tese de que houve pagamento indevido.
Em julho deste ano, Dantas se vacinou contra a covid-19 e divulgou nas redes sociais. No entanto, ela tinha 30 anos de idade e a campanha, na cidade do Ceará, vacinava apenas pessoas de 32 anos ou mais.
No caso de Wesley Safadão e a produtora dele, Sabrina Tavares, o problema foi outro. Ambos tinham a idade correta, mas ao invés de se vacinarem no Centro de Eventos do Ceará, onde estavam agendados, procuraram outro posto de vacinação. Para o inquérito, os dois foram a outro ponto de vacinação como estratégia para escolher qual imunizante tomariam.
Para a polícia, o trio só conseguiu se vacinar por envolvimento de três servidores públicos e outras duas pessoas, sem envolvimento com a prefeitura. Ao todo, foram dois meses de investigações e 19 testemunhas ouvidas.
Ao todo, somado todos os crimes listados no indiciamento, a pena pode ser de até 13 anos. O grupo foi indiciado por peculato e infração de medida sanitária – em exceção de Sabrina Tavares, indiciada apenas por infração de medida sanitária.