Uma abordagem policial no último domingo (01), em um bar da cidade de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, tem sido alvo de revolta e denúncias. A abordagem foi filmada por testemunhas e o vídeo mostra abusos dos policiais envolvidos.
Segundo testemunhas, os policiais chegaram ao local e fecharam a porta do estabelecimento, para que a abordagem acontecesse no interior. Testemunhas, no entanto, conseguiram usar as frestas da porta para gravarem o vídeo.
Nas imagens, além de grande truculência, um dos policiais chega a colocar um saco plástico na cabeça de uma mulher. A ação é conhecida por ser usada em sessões de tortura.
A mulher foi ouvida pela imprensa, sob condição de sigilo da identidade, e explicou que a abordagem começou com seu marido e depois ela também foi vítima. Ela afirma que os policiais pediam informações, mas que ela não sabe do que eles falavam.
Ainda segundo a mulher, os policiais fugiram do local ao perceberem que haviam sido gravados. Eles, no entanto, teriam voltado e ameaçado as pessoas que ali estavam, afirmando que todos morreriam se o vídeo vazasse. A mulher afirma ainda que os policiais roubaram dinheiro e bebidas antes de deixar o local.
Corregedor da Brigada Militar, como a PM é chamada no Rio Grande do Sul, Vladimir da Rosa, afirma que a “ocorrência que foge do padrão”. Os policiais envolvidos estão afastados e sendo investigados; eles se mantiveram em silêncio durante depoimento.
A Corregedoria ainda afirmou que vai submeter policiais a programas de reciclagem, diante dos casos recorrentes de violação de direitos humanos. Os policiais não tiveram a identidade revelada.
