As lágrimas do motorista Carlos Alberto do Nascimento, de 52 anos, refletem a tristeza e a dor vivida pelos moradores da cidade de Petrópolis, que fica na Região Serrana do Rio de Janeiro, e foi devastada por um temporal que atingiu a região na última terça-feira (15).
Em seis horas choveu cerca de 260 milímetros, o volume de chuva foi maior do que o esperado para todo o mês de fevereiro.
Enchentes, alagamentos, deslizamento de terra, dezenas de casas destruídas, carros e ônibus arrastados, mais de 110 mortos confirmados, centenas de desaparecidos, corpos expostos pelas ruas após as águas do rio que corta a região central de Petrópolis baixarem.
Entre tantas histórias que parecem ter sido tiradas de um filme de terror, a do motorista de um dos ônibus que foram arrastados para dentro do Rio Quitandinha.
As imagens que mostravam dezenas de passageiros dos ônibus tentando se salvar no meio de uma forte correnteza, chocou e comoveu o Brasil, infelizmente muitos deles continuam desaparecidos.
Entre os passageiros estava um garoto de 8 anos, nos vídeos que viralizaram ele aparece com o uniforme de uma escola e com uma mochila nas costas.
Em entrevista para o Sindicato dos Rodoviários, chorando Carlos Alberto lamentou não ter conseguido salvar o garoto.
“Eu não sei quem é o pai daquele menino que eu não consegui pegar. Mas ele pode estar certo de que a dor que ele está sentindo é a mesma que eu estou. Eu só quero que Deus conforte muito a família. Aquela criança era tudo o que eu queria ter segurado.”
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Petrópolis voltou a ser castigada por fortes chuvas no início da noite desta quinta-feira (17).
