Uma menina de 11anos, que foi vítima de abuso e que está grávida de 29 semanas está sendo mantida pela Justiça em um abrigo em Santa Catarina a cerca de um mês para impedir que ela realize a interrupção legal da gestação.
Segundo a reportagem do portal ‘Intercept’, que trouxe o caso à público a mãe da criança descobriu que ela estava grávida quando a menina estava com 22 semanas de gravidez.
Assim que a gravidez foi descoberta a mãe levou a criança para o Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, o HU, ligado à UFSC, e lá afirmaram que não gostariam de manter a gestação provinda de um estupro.
Contudo, a unidade de saúde informou que só poderia fazer o procedimento até a 20ª semana de gravidez e que como a criança está na 22ª precisaria de uma ordem judicial.
Quando a mãe e a filha entraram com o pedido na Justiça, elas tiveram uma triste surpresa. A juíza Joana Ribeiro Zimmer induziu a menina a manter a gestação e a pedido da promotora Mirela Dutra Alberton, do Ministério Público de Santa Catarina, a menina foi afastada da família e levada para ficar sob a responsabilidade de um abrigo.
O ‘Intercept’ teve acesso a audiência judicial que aconteceu no último dia 9 de maio, nesta ocasião a juíza pediu que a criança ficasse grávida por mais “uma dou duas semanas”. “Você suportaria ficar mais um pouquinho?” disse Joana Ribeiro Zimmer.
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A promotora também se empenhou em fazer com que a menina mantenha a gestação e suas palavras foram amedrontadoras:
“Em vez de deixar ele morrer – porque já é um bebê, já é uma criança –, em vez de a gente tirar da tua barriga e ver ele morrendo e agonizando, é isso que acontece”, afirmou Mirela, que acredita que a menina deve manter a gestação para que o bebê possa ter a chance de sobreviver.