Um caso de discriminação tem dado o que falar em Curitiba, no Paraná, depois que um jovem autista foi impedido de entrar em um ônibus acompanhado de seu cão de serviço. O caso gerou revolta e viralizou nas redes sociais.
Kaito Brito tem 29 anos e lida com o autismo há anos. Ele, assim como portadores de outras condições especiais, faz uso de um cão de serviço. Bolt não é um simples animal de estimação, mas um acompanhante de apoio para o jovem.
No caso do jovem, ele explica que o animal tem a função justamente de ajudá-lo a enfrentar ambientes de maior tumulto, como um transporte coletivo. Bolt usa identificação e guia, mas ainda assim foi impedido de subir no ônibus.
“Mesmo usando o cartão de autistas, mesmo usando um aparato aqui que geralmente eu uso escrito ‘eu sou autista, cuidado ao me tocar’, as pessoas ignoram e às vezes até provocam a gente por ser autista“, lamenta o jovem.
Brito foi impedido de subir no ônibus por um fiscal, que afirmava ser permitido apenas em caso de cão-guia, usado por pessoas cegas. No entanto, desde 2015, existe a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência que garante direitos à pessoas autistas.
Procurada, a prefeitura informou que vai trabalhar em uma regulação específica e mais clara sobre o acesso de cães de serviço ao transporte coletivo. O caso acabou gerando críticas ao serviço.