As chuvas que atingiram a Região Serrana do Rio de Janeiro durante esta última terça, dia 15 de fevereiro, causaram destruição em diversas partes da cidade de Petrópolis. Mas a pior parte disso tudo são as vidas que se perderam.
As últimas atualizações do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil dão conta que 38 pessoas perderam suas vidas e o número de desaparecidos ainda não é conhecido pelas autoridades.
Já nesta quarta(16), passados mais de 12 horas desde o temporal que caiu sobre a cidade, a cena que se vê nos locais mais atingidos são de Bombeiros e moradores em busca de seus entes queridos que ainda não foram encontrados.
Esta é a cena que se repete em vários locais. Em um ponto atingido, uma mulher tenta encontrar a filha adolescente de 17 anos, ela estava usando uma enxada para cavar o local soterrado.
Em um outro ponto se via Adalton Oliveira que gritava pela filha que também está desaparecida. Ele estava cavando o local com as próprias mãos na tentativa de chegar no ponto em que ele acredita que ela está.
“Ela está aqui, ela está aqui. Cadê minha filha?”, clama o pai da jovem desaparecida.
Já em outro ponto, Gisele Arcaminate buscava a todo custo, com uma enxada na mãe, por sua filha Maria Eduarda. No local apenas a família e amigos trabalhavam no resgate.
Gisele ainda desabafou sobre um bebê de 1 anos que também está desaparecido e é filho de um parente dela.
“Um bebê sem respirar embaixo dessa lama, você consegue? Eu já estou perdendo as esperanças”.
Infelizmente, o contingente de membros do Corpo de Bombeiros não é suficiente para atender todos os pontos de atenção, mas o governo do estado garantiu que está enviando mais homens para trabalhar no resgate das vítimas.