Era dia 25 de novembro quando páginas de notícia de todo o país relatavam, em caráter de urgência, um acidente em São Paulo. As informações detalhadas chegaram aos poucos: um ônibus havia se chocado com um caminhão, o número de vítimas era histórico.
Naquele acidente, o número final de vítimas fatais foi de 42 pessoas. O maior número de mortes em acidente em rodovias no estado de São Paulo pelo últimos 20 anos. Como era de se esperar, o caso vem sendo investigado detalhadamente.
Agora, meses depois do acidente, o inquérito esta em fase final. Isso significa que em breve a polícia vai encerrar as investigações e apresentar as conclusões tiradas a partir das análises. Até o momento, 27 pessoas já foram ouvidas.
Na época, o motorista afirmou a polícia que teve falha nos freios e que isso teria causado o acidente. No entanto, a versão foi contradita pelas investigações, que constataram não haver indícios de falha mecânica no ônibus.
“Mangueiras, válvulas e demais componentes estavam íntegros e não foram encontrados vestígios que indicassem falha no sistema de freios”, diz a conclusão do laudo oficial da Polícia. A estrada também passou por perícia e não foram encontradas falhas que pudessem justificar o acidente.
Como resultado das investigações, a polícia indiciou o motorista do ônibus por homicídio culposo – quando não há intenção de matar. Além disso, a empresa proprietária do ônibus, Star Turismo, também foi indiciada por operar sem licença e pelas más condições do veículo.
Os passageiros do ônibus eram trabalhadores de três fábricas da região, que também foram indiciadas porque eram responsáveis pela contratação da empresa.