2019 foi um ano marcante para muitas pessoas, por muitos motivos, mas um fato compartilhado na memória de todo brasileiro não vai ser esquecido nunca: o rompimento da barragem em Brumadinho, Minas Gerais, que resultou quase 300 pessoas mortas e desaparecidas. O caso ainda não teve um desfecho na justiça, mas vai ganhar memorial.
A informação foi divulgada pela repórter Daniela Mallmann, em reportagem da rede Bandeirantes. O projeto terá 1.220 m2 de área construída e será feito em um terreno de 5 hectares, escolhido pela Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem (AVABRUM). A ideia é preservar a memória das vítimas, além de promover um espaço de convivência e reflexão.
O terreno será preservado com sua vegetação natural, mas 272 ypes amarelos serão plantados para simbolizar a vida de cada uma das vítimas. O projeto foi pensado para fazer referência ao rompimento da barragem. A projeção mostra uma espécie de corredor largo, parcialmente submerso onde serão feitas projeções de imagens e áudio.
O memorial também vai trazer uma escultura central pensada a partir da ideia de memória e respeito as vítimas da tragédia. O projeto esta sendo feito em parceria com a AVABRUM. Todo ano, no dia e momento exatos do rompimento da barragem, um efeito de luz será promovido no interior do memorial, como um sinal de que as vidas ainda são lembradas.
O projeto escolhido para o memorial é o do arquiteto mineiro Gustavo Penna, mas ainda não foram divulgados valores referentes ao projeto. Detalhes da proposta arquitetônica demostram a sensibilidade do projeto em relação ao grande peso emocional que a tragédia gera especialmente na população local.
Penna tem uma carreira notável e inclui alguns sucessos internacionais em sua história também. Mineiro, a escolha do projeto parece refletir bem o sentimento local e movimentar emoções envolvidas na tragédia.