A família da pequena Isadora Loreno Ribeiro Mota, de 2 anos, está vivendo um verdadeiro pesadelo.
A garotinha morreu por falta de oxigênio enquanto era transferida de uma unidade de saúde para um hospital que fica a cerca de 21 km de distância.
O caso aconteceu na última sexta-feira (5), Ana Lúcia Ribeiro, mãe de Isadora, contou que a filha começou a passar mal de madrugada, por volta das 4h30. Logo que perceberam que a filha não estava bem, ela e o marido levaram a criança para a UBS (Unidade Básica de Saúde) da cidade de Sete Barras (SP).
Em entrevista para o ‘G1’, concedida por Ana Lúcia, nesta sexta-feira (12), ela contou que a menina estava com falta de ar quando chegaram na unidade de saúde, Isadora foi examinada, e passou por exames de sangue e por um raio-x.
Isadora foi colocada no suporte de oxigênio, o médico identificou anemia e sugeriu que ela fosse transferida para o Hospital Regional de Registro (SP), cidade vizinha.
Ana Lúcia aguardou a transferência da filha até 8h40 da manhã quando a transferência foi autorizada. Mãe e filha entraram em uma ambulância e seguiam para Registro, contudo, durante a viagem de 21 km, Ana Lúcia percebeu que a filha estava ficando com a boa arroxeada e questionou a enfermeira sobre o oxigênio.
Foi quando a enfermeira notou que o oxigênio estava desligado, ela tentou abrir e não conseguiu. A enfermeira então preguntou ao motorista se ele podia parar a ambulância ele disse que não e começou a dirigir mais rápido.
A enfermeira então ligou para uma colega que trabalha da UBS perguntando sobre como poderia abrir o oxigênio, mas não obteve êxito.
Ana Lúcia revelou que passou pelos piores momentos da sua vida, Isadora não conseguia respirar e a mãe presenciou a filha se contorcendo. Quando chegaram no hospital e enfermeira abriu as portas e gritou pedindo urgência.
Uma equipe médica apareceu e Isadora foi levada para o interior do hospital, cerca de 20 minutos depois, uma médica informou para a mãe que a menina não tinha resistido.
“Se passaram 20 minutos e ela não voltou”, disse Ana Lucia. “Uma médica apareceu e disse que minha anjinha já não estava mais aqui, que eles tentaram de tudo. Teve uma parada cardiorrespiratória”.
O ‘G1’ entrou em contato com as duas unidades de saúde que alegaram que tomaram todas as medidas necessárias durante o atendimento de Isadora.