A polícia civil segue investigando a morte da menina Maria Fernanda de Camargo, de 5 anos. A mãe, os avós, uma tia e um suposto guia espiritual foram presos pela polícia sob suspeita de que a menina tenha sido alvo de um ritual macabro. A defesa nega.
A morte da criança está envolvida em circunstâncias que a polícia ainda deve determinar. O crime está sendo investigado como homicídio doloso, mas a defesa da família nega que tenha existido intenção de matar.
José Rodrigo Almeida, contratado para a defesa da família, explica a versão dos fatos de acordo com os suspeitos. Segundo Almeida, o incêndio foi um acidente. A família afirma que Maria Fernanda vinha sofrendo de uma tosse constante e que o ritual, ao qual a menina foi submetida, era um ritual de cura.
No ano passado, os tios da Maria Fernanda tiveram Covid-19, foram internados e entubados. A família chamou o guia espiritual e após um ritual eles tiveram uma melhora na saúde. Eles acreditam na religião, por isso tiveram essa iniciativa com a criança. Não teve nada de ritual macabro.
Segundo Almeida, o ritual de cura aconteceu na casa dos avós da criança e as chamas se alastraram em um acidente. Segundo o advogado, Maria estava sendo benzida com uma mistura de álcool e ervas. O líquido havia sido aplicado na cabeça, ombros, mãos e pés da menina. Neste momento, uma vela foi trazida para o ritual e o fogo teria se alastrado a partir da vela, por acidente.
Almeida alega ainda que a família tentou apagar as chamas, mas sem sucesso. O advogado alega ainda que a família mentiu à polícia num primeiro momento por medo de sofrerem preconceito por serem umbandistas, religião que é alvo de muita discriminação.
Num primeiro momento, a família alegou que a menina teria sofrido os ferimentos por um acidente na churrasqueira, mas a versão logo foi derrubada. A polícia segue investigando e conduzindo a restituição dos fatos, mas o crime é investigado como homicídio doloso num primeiro momento.