Tocilizumabe: medicamento usado contra artrite reumatoide demonstra bons resultados contra a covid-19, aponta estudo dos Estados Unidos

Estudo indica que o remédio ajuda no tratamento de casos graves, melhorando consideravelmente o quadro do paciente.

Um dos maiores desafios da covid-19 é que a doença é completamente nova e não existem remédios específicos contra ela. O que se faz atualmente é um tratamento amplo contra os sintomas da doença, mas não existe ainda um antiviral que seja eficaz contra o vírus.

Muitas drogas vem sendo testadas e estudadas, mas até agora nenhuma demostrou um resultado que conquistasse a unanimidade de médicos. Há o tratamento com hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina e muitos outros, mas não existem evidências de eficácia.

Pesquisadores da Universidade de Michigan adotaram um tratamento alternativo para pacientes que entram em estado grave. Um dos maiores problemas dessa forma da doença é que o organismo “exagera” na resposta imunológica e isso pode lesionar ainda mais os tecidos respiratórios.

O estudo então conduz o tratamento de pacientes com esse quadro a partir do remédio contra artrite reumatoide. O estudo foi publicado na revista acadêmica Clinical Infectious Diseases. O estudo contou com 154 voluntários.

Desse grupo, metade dos pacientes recebeu a tocilizumabe durante as primeiras 24 horas do tratamento, enquanto a outra metade não fez uso do medicamento. Dos que receberam a droga, houve uma redução de 45% do risco de morte, em comparação aos que não receberam.

Além disso, os pacientes que receberam o remédio, saíram mais rápido dos respiradores, em média, do que os não receberam. O uso da tocilizumabe sugere que o medicamento acalma o organismo e ajuda no controle da resposta imunológica.

A droga já havia sido estudada no tratamento de câncer, onde uma resposta exacerbada do sistema imunológico do paciente também pode significar piora do quadro. O estudo ainda sugere o tratamento de 8mg por quilo do paciente, em dose única.

É importante destacar que esse tratamento se dedica apenas aos casos graves, onde existe a necessidade de entubação. Em maio, pesquisadores brasileiros também iniciaram estudos com o remédio, mas os resultados não foram divulgados ainda.

Escrito por

Roberta R

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