Após recorrentes tentativas de diálogo com a empresa por trás do aplicativo Telegram, a Justiça Brasileira determinou a suspensão do mensageiro em território nacional. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes e atende um pedido da Polícia Federal.
Com a decisão, recai sobre plataformas digitais e provedores de internet a obrigação de restringir o acesso e inviabilizar o uso do aplicativo. A decisão tem abrangência nacional, isto é, o aplicativo deve parar de funcionar em todo território nacional.
O telegram, segundo investigações, tem sido usado por grupos criminosos para a disseminação de notícias falsas, discurso de ódio, propagandas nazistas e até tráfico de drogas. Segundo revelado pelo Fantástico, foram identificados grupos de venda de comprovantes de vacina e até dinheiro falso.
Além da ordem de cumprimento, as empresas que não acataram a decisão da Justiça também estarão sujeitas a multa de R$100 mil diários por cada dia de descumprimento. O embate da Justiça brasileira com o aplicativo não é recente.
A empresa já havia sido procurada para integrar um projeto de combate as notícias falsas, tendo como objetivo a legalidade das eleições previstas para este ano de 2022. No entanto, o aplicativo não respondeu as tentativas de comunicado.
Há pouco tempo, o aplicativo atendeu uma determinação da Justiça e bloqueou usuários de três indivíduos identificados como disseminadores de notícias falsas – dentre eles, Allan Soares, apontado como aliado do presidente Bolsonaro e seus filhos.