Logo quando o covid-19 surgiu, houve um grande esforço em tentar tranquilizar uma parcela da população com afirmações de que o vírus era “inofensivo” a pessoas jovens e saudáveis. Muito se falou sobre o risco do vírus estar limitado aos grupos de risco.
Não foi preciso muito tempo para mostrar que apesar de estatisticamente, de fato, esses serem os grupos mais afetados, nada garante que a doença será leve em pacientes jovens e saudáveis. Pacientes irão morrer mesmo jovens e sem comorbidades.
A técnica de enfermagem Roseane Dias Ribeiro, de 35 anos, se soma a essa lista. Ela foi a quarta pessoa da cidade de Mogi Mirim a perder a vida em decorrência do covid-19 e a primeira da área da saúde.
Roseane trabalhava no Hospital São Francisco, na cidade vizinha, Mogi Guaçu. A técnica de enfermagem integrava o time que enfrenta a doença na linha de frente. Infelizmente, ela contraiu essa grave infecção.
Quando testou positivo para a doença, Roseane foi internada na UTI do Hospital 22 de Outubro, também em Mogi Guaçu, no dia 9 de junho. A técnica de enfermagem apresentava quadro de diarreia, febre, dificuldade para respirar e dispneia.
Mesmo com os cuidados, Roseane não resistiu e veio a falecer. O corpo da jovem foi sepultado no dia 14 de junho. A profissional deixa seu marido e a filha do casal. A prefeitura lamentou a morte de Roseane em nota oficial.
Por uma rede social, a prefeitura afirmou que “a saúde está em luto” e a “cidade está em luto”. O texto também ressaltou a importância de se ter cuidado e atender as recomendações da saúde. “Fique em casa e respeite o isolamento”, afirma a nota.
O município de Mogi Guaçu já teve 58 profissionais da saúde contaminados com covid-19. No dia 12, outra profissional da saúde, Aline Rossini, também perdeu a vida aos 42 anos para a doença. Uma homenagem foi feita por colegas da Samu.