A região de Manaus enfrenta acusações de ter permitido que certos médicos e profissionais da saúde, passassem na frente na fila de vacinação, após receberem cargos públicos. Mais de doze pedidos foram encaminhados, pedindo pela exoneração. Sete já receberam a confirmação.
O Ministério Público da região está investigando todo o caso. Eles passaram a ganhar notoriedade, justamente por o local passar por uma situação complicada, com a falta de oxigênio e muitas mortes acontecendo devido a COVID-19.
Entre as pessoas que estão exoneradas, estão as irmãs gêmeas e médicas, Isabelle e Gabrielle Kirk Maddy Lins, de 24 anos, que são filhas de um dos maiores empresários no ramo da educação de Manaus.
A suspeita é que tenha ocorrido um privilégio para as gêmeas apenas por pertencerem a uma família poderosa da região. A unidade de saúde em que elas foram vacinadas leva o nome do avô delas, Nilton Lins. Além disso, a família é dona do terreno em que está localizado o posto de saúde.
As duas receberam a vacina logo apenas alguns dias depois de terem sido nomeados para cargos públicos. O caso ganhou muita repercussão após as gêmeas terem feito publicações nas redes sociais.
Diante disso, o prefeito da região, David Almeida, proibiu que servidores tirassem fotos do momento da imunização e publicassem em suas redes sociais.
Manaus tem mais de 30 mil profissionais da saúde que deveriam receber a imunização. Em uma longa fila, pouco mais de 20 mil receberam apenas a primeira dose.