Nesta última sexta-feira (03), Sérgio Moro participou de uma entrevista realizada ao vivo pelo jornal O Estado de São Paulo.
Moro foi questionado diante as críticas recebidas recentemente à força-tarefa da operação, e então respondeu que ao seu olhar os ataques são vistos como propostas e ideias essenciais para melhor funcionamento da Lava Jato e prevenção da corrupção.
O ex-ministro contou que há falta de Augusto Aras (Chefe do Ministério Público Federal) e da Procuradoria Geral da República, quanto apoiar o trabalho dos procuradores. “Gostaria que ele (Augusto Aras), refletisse mais”, disse.
Moro ainda disse que acredita que Jair Bolsonaro (Presidente) “errou” ao não dar importância para a lista tríplice do MPF e nomear Augusto Aras.
Conforme dito por Moro, um MP e um procurador-geral tem que fazer sua parte com autonomia. Para ele, o presidente errou drasticamente em não procurar a lista tríplice, porque este é um processo que mais proporciona segurança.
Augusto Aras vem sendo muito questionado quanto suas ações tomadas. Para Moro, essas ações tomadas pelo atual procurador poderiam ser evitadas, se o procurador tivesse sido escolhido conforme a lista tríplice.
Mouro afirma que o mínimo que se espera de um procurador, é que ele “atue de maneira autônoma, sem interferência”.
Eleições 2022
Quanto as eleições de 2022, Moro revelou que não pretende lançar uma candidatura para concorrer à presidência.
A especulação da sua carreira política, foi classificada pelo ex-ministro como uma “fantasia”. Moro ainda conta que está fora do jogo político e que irá se inserir no mundo privado.
Porém, da mesma forma que Moro saiu do serviço público, também revelou que não saiu do debate público.
Em outras palavras o ex-ministro disse que não deixará de falar sobre a fidelidade quanto aos princípios, que diante todos eles, os princípios que não podem faltar para a democracia, é o combate à corrupção e o Estado de Direito.
Para Moro, os dois são de suma importância. “Se eu sou um problema falando isso, paciência”, disse.