Ainda no começo de 2019, sugerido pelo então ministro Sérgio Moro, Guilherme Theophilo assumiu o cargo de secretário nacional de Segurança Pública. Mas nova publicação do Diário Oficial anunciou sua exoneração do cargo. A mudança, tudo indica, foi motivada por decisão de André Mendonça, novo ministro da Justiça e Segurança Pública.
Há ainda a possibilidade de que outras mudanças, ainda mais profundas, sejam promovidas pelo governo. Por exemplo, segundo apontam alguns portais de notícia, o governo estaria sendo pressionado a desvincular as pastas de Segurança Pública e Justiça. Nos governos anteriores, cada secretária era submetida ao seu próprio ministério, Bolsonaro unificou as pastas.
O nome do sucessor de Guilherme Theophilo ainda não foi divulgado. Essa se tornou a primeira mudança promovida por André Mendonça dentro do ministério, mas talvez não seja a última. É normal que novos ministros troquem nomes a fim de montar seu próprio time dentro de uma pasta de governo. A saída de Moro não exonerou automaticamente aqueles que ele sugeriu para cargos estratégicos.
General de Exército, Theophilo é o segundo nome da equipe de Moro que deixa o governo. Há alguns dias, Vladimir Passos de Freitas havia deixado o cargo de secretário nacional de Justiça. Theophilo havia tentado a eleição como governador do Ceará em 2018.
Disputa entre Sérgio Moro e Bolsonaro segue na Justiça
A exoneração de membros do time formado por Moro não chega a surpreender, já que o ex-ministro saiu do governo apontando supostos crimes cometidos por Bolsonaro. As acusações levaram a abertura de inquérito para apurar se são verdadeiras ou não. Caso seja provada a prática de crimes pelo Presidente Bolsonaro, ele responderá por obstrução de Justiça, falsidade ideológica, prevaricação, coação no curso do processo, corrupção passiva privilegiada e advocacia administrativa. Se provado que Moro mentiu nas acusações feitas, ele responderá por crime contra a honra e no crime de denunciação caluniosa