Um das comunidades religiosas de maior atuação no Brasil são as Testemunhas de Jeová. No entanto, uma das principais características da denominação está ameaçada pelas medidas de combate ao coronavírus.
Quem mora em regiões onde os Testemunhas de Jeová estão presentes sabe que uma das principais formas de evangelização da igreja é através do porta em porta. Ou seja, os fiéis batem nas portas das pessoas para falar de seu Deus.
Durante a pandemia, entretanto, esse tipo de abordagem ficou prejudicada porque não é recomendado tal tipo de contato. Trata-se de uma medida de segurança para conter a transmissão da covid-19, que os fiéis também estão adotando. Mas isso não significa que a pregação foi interrompida.
As Testemunhas do Alto Tietê estão se adaptando aos novos tempos e adotando o telefone como forma de romper com a barreira imposta pela pandemia. Com o telefone na mão, os fiéis ligam para números aleatórios e oferecem a palavra de Deus.
Ednei Fortunato é um dos membros da igreja e ele compartilhou sua experiência religiosa nessa pandemia com o G1, que realizou uma entrevista com o mesmo. Ednei destacou que os trabalhos presenciais foram suspensos no dia 14 de março, quando o isolamento foi decretado.
Os resultados têm sido positivos, destaca Ana Luíza Fernandes Alves, fiel também ouvida pela reportagem. A testemunha destaca que algumas das pessoas até demostram ansiedade em receber novas ligações nos dias seguintes.
André Vieira, porta-voz das testemunhas de Jeová, destaca que os resultados são tão variados quanto no trabalho presencial e que a variedade de assuntos abordados é um ponto interessante.