O caso do desaparecimento e assassinato de Isis Helena de 1 ano e 10 meses, que aconteceu em março de 2020, comoveu todo o Brasil.
A menina que nasceu prematura e portadora de microcefalia, carecia de cuidados especiais, Jeniffer Nathalia Pedro, mãe de Isis Helena alegou que a filha havia desparecido de dentro da casa dos avós no dia 2 de março.
A menina foi deixada sozinha com o avó de Jeniffer, um idoso doente e acamado, Isis Helena tinha dificuldades de locomoção, não andava, não conseguia se sentar sozinha, não falava, ela não teria condições de ter fugido do local.
A versão da mãe logo caiu por terra e Jeniffer confessou o crime, de acordo com sua versão ela Isis Helena estava passando mal na noite anterior ao seu desaparecimento. Ela afirmou que deu um remédio para a febre, mamadeira e que a garoto dormiu de barriga para cima, ao amanhecer ela percebeu que a filha estava morta.
Então decidiu colocar a menina dentro de uma mochila e a enterrou, ao ser presa indicou onde o corpo estava.
Jeniffer foi encontrada morta nesta segunda-feira (22), na cela onde estava presa preventivamente na Penitenciária de Tremembé (SP). As causas da morte estão sendo investigadas, contudo, William César Oliveira, advogado de Jeniffer disse em entrevista ao G1, que não acredita que a cliente tenha cometido suicídio.
De acordo com William o caso estava próximo de ter uma reviravolta e que lançaria uma nova luz sobre o assassinato de Isis Helena.
“A gente conversava com frequência e o caso estava próximo de ter uma reviravolta, porque o Ministério Público Federal (MPF), no Superior Tribunal de Justiça, reconheceu que não houve violência dela contra a filha.”, diz o advogado.
Ainda segundo o advogado, tratava-se de uma prisão preventiva, ou seja, ela não havia sido julgada e a decisão da Justiça não era definitiva. William também afirmou que o caso estava próximo de ser reclassificado para homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
William revelou que Jeniffer estava esperançosa de conseguir um habeas corpus e responder em liberdade, mas que o ministro relator adiou o julgamento por três vezes e ela acabou morrendo antes.
O corpo de Jniffer foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Taubaté (SP), não há informações sobre o seu sepultamento.