Em 2019, Wanessa Pereira de Souza foi acusada de atear fogo na então parceira, Tatiana Luz. O crime teria sido motivado por brigas. Luz teve 90% do corpo queimado e morreu no hospital. Já Wanessa teve 40% do corpo queimado e foi presa em flagrante no hospital.
O caso marcou a primeira vez que uma mulher foi enquadrada em crime de feminicídio. O crime é uma qualificação para crimes de homicídio contra mulheres, motivados pela condição da vítima enquanto mulher.
O crime foi investigado e terminou com o indiciamento de Wanessa por feminicídio. Para o relatório, o fato de ser mulher não altera a dinâmica do crime. O entendimento da polícia foi mantido e Wanessa foi denunciada por feminicídio.
Wanessa foi julgada em juri popular e condenada a 18 anos de prisão. A decisão foi acatada pelo juíz, que determinou 18 anos e 9 meses de prisão em regime inicial fechado, sem direito a recorrer em liberdade. Isto significa que a pena passa a ser cumprida imediatamente e, mesmo se entrar com recurso, Wanessa deve permanecer presa.
A decisão acaba se tornando histórica por ser a primeira mulher acusada de feminicídio na história, desde que a qualificadora se tornou lei. Com isto, a Justiça começa a escrever precedentes para que novos casos sejam considerados.
Tatiana Luz permaneceu internada por sete dias na UTI, mas não resistiu aos ferimentos. Ela e Wanessa mantinham um relacionamento amoroso.
