O último domingo (15) marcou a retomada do poder no Afeganistão pelo Talibã. Antes mesmo da chegada dos combatentes a Cabul, capital do país, o presidente eleito já havia deixado o país. Pelas redes sociais, Ashraf Ghani se manifestou pela primeira vez.
A tomada do poder pelo Talibã já era vista como inevitável. Os combatentes vinham tomando pontos estratégicos do país e há alguns dias impuseram um cerco ao redor da capital. Segundo o grupo, a tomada de poder esta sendo “pacífica”.
Pelas redes sociais, Ghani se limitou a um discurso íntegro, porém admitindo a derrota:
O Talibã venceu … e agora é responsável pela honra, propriedade e autopreservação de seus compatriotas (…) Agora eles enfrentam um novo teste histórico. Ou preservam o nome e a honra do Afeganistão ou dão prioridade a outros lugares e redes
Dos membros do governo que ficaram, como o ministro do Interior, Abdul Sattar Mirzakwal, se manifestam com um discurso também em que admitem a vitória do Talibã. Mirzakwal falou ao povo afegão e garantiu que a transição de poder será feita sem conflitos.
No país, agora permanece uma onda de insegurança já que a última passagem do Talibã pelo poder foi marcada por muita opressão e leis autoritárias. Principalmente as mulheres do país temem que a volta do Talibã represente um retrocesso aos direitos conquistados nas últimas duas décadas.
O Talibã garante que quem quiser deixar o país terá o direito de faze-lo.