A barbárie cometida contra o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips ganhou uma enorme repercussão negativa em todo o mundo. Os dois homens foram brutalmente assassinados, seus corpos esquartejados, queimados e jogados em uma vala em uma área remota da floresta Amazônica, a Polícia Federal confirmou que os restos mortais de Bruno e Dom foram encontrados no último dia 15 de junho.
A última vez que Bruno Pereira e Dom Phillips foram vistos vivos foi no último dia 5 de junho, quando saíram para visitar algumas comunidades em Atalaia do Norte, região do Vale do Javari, localizado no estado do Amazonas.
Os assassinatos teriam sido motivados por denuncias realizadas por Bruno sobre a pesca ilegal na região.
Dias antes de sair de viagem com Dom Phillips, o indigenista Bruno enviou uma mensagem para o procurador jurídico da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), onde afirmou que eles corriam risco de morte ao saírem de viajem.
A conversa entre o indigenista e a autoridade jurídica Eliésio Marubo, aconteceu dia 31 de maio, cinco dias antes de Dom e Bruno desparecerem, e foi anexada no relatório enviado pela Polícia Federal ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, no último 14 de junho.
Bruno teria ressaltado para Eliésio Marubo que havia uma reunião marcada no dia 5 de junho com o líder comunitário de São Rafael, conhecido com a alcunha de “churrasco” e que sua vida estava em perigo.