A polícia civil encerrou as investigações sobre a morte de Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira de 39 anos. Lidiane morreu em dezembro do ano passado, depois de se submeter a uma cirurgia de lipoaspiração.
O inquérito levou quatro meses e concluiu que o cirurgião plástico Lucas Mendes retirou mais gordura do que deveria. A polícia divulgou o resultado das investigações em uma coletiva de imprensa na última quinta-feira (28).
Segundo a coletiva, a orientação do Conselho Federal de Medicina (CFM) é a de que sejam retiradas apenas 7% de gordura, mas, segundo as investigações, Lucas tirou mais de 9% de gordura de Lidiane.
“Conclui-se que houve um homicídio culposo por parte do médico, em razão da imperícia, e com inobservância de uma regra de técnica da profissão médica“, explicou a delegada responsável pelo caso, Lígia Mantovani.
A polícia ouviu diversos depoimentos de testemunhas, inclusive a irmã da vítima. Ela contou à polícia que Lidiane procurou outras clínicas para realizar a cirurgia, mas todos os cirurgiões recomendavam a perda de peso antes da cirurgia. Lucas foi o único a concordar com o procedimento, sem a recomendação.
Lidiane começou a passar mal horas após a cirurgia e foi encaminhada ao hospital com apoio da Samu. A família chegou a realizar o velório, mas a polícia pediu a exumação do corpo para novos exames.
O médico não se manifestou após ser indiciado pela polícia. Dessa forma, ele pode se tornar réu por homicídio culposo.